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*a rotina de produzir em diferentes esferas os projetos visuais dos quais me ocupo cotidianamente me auxilia por caminhos impares e conexões inesperadas, porém, a mesma disciplina que gera esse caminhar gradual e constante, por vezes pode se apresenta como uma armadilha. por exemplo, constantemente me pego desenvolvendo imagens, (pensando na fotografia) que segue um enquadramento muito parecido. não aponto isso como um aspecto de todo negativo, pelo contrário, conversa com a ideia de sensibilizar pelos simbolos. creio que que o caráter metódico da criação sempre beneficia o artista. todavia, se faz louvável estar sempre atento para não cair no espectro de um certo mecanicismo, pois esse, seria o atestado de morte das imagens que ainda nem nasceram, ou seja, almas que não encarnaram.

*a força do trabalho não está na produção de uma imagem magnifica, não é por ai que busco criar, talvez isso seja interessante apenas para fotojornalistas. procuro uma conversa em que um conjuto de imagens possa se apresentar, mas quando o criar se torna demasiado mecânico provome para o percuso do olhar um sentimento entediante, ou seja, ao invés de serem fator de soma uma para outra o efeito se dá na seara oposta.



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