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*carta para meus amigos

tem pouquissímo tempo recebi um e-mail de uma ex-namorada (sim, sou amigo de todas e tenho uma ótima relação com elas, estranho seria o contrário, né?). ela me perguntava se eu estava bem, pois tinha sumido das redes... ela apontou que encontrou com amigos meus na galeria que trabalha e os mesmos támbem diziam: "o danilo sumiu". bom, tudo é verdade, eu sumi mesmo, mas primeiro, não sumi por tristeza ou problemas pessoais, as pessoas tem a tendência de supor que a falta de aparição nas redes socias como um sinal de algo ruim, no meu caso é justamente o oposto. segundo, não quero que meus amigos, colegas e conhecidos achem que por não tê-los tão perto eu sinta algum ódio, mágoa ou qualquer sentimento negativo. de fato, a vida é isso, ela flui, meu afastar não foi algo premeditado, simplesmente ocorreu, pois a medida que interiormente você vai mudando a vida externa também se modifica. confesso que foi algo estranho para mim, por vezes não me reconhecia, mas fui percebendo que a grande maioria das coisas que fazia e achava que gostava eram grandes ilusões, todas regadas por uso de entorpecentes e relações superficiais e isso de alguma forma se esgotou... mesmo sem saber fui trilhando e me aproximando aos poucos do que é essencial para minha pessoa. em resumo, eu posso não estar com vocês nas festas, nos bares, nas redes e afins, mas sempre estaremos juntos em nossas memórias. novas pessoas se aproximarão, algumas antigas irão retornar e assim os dias se suscederão. eu não ligo mais para quantidade, mas sim, por qualidade e profundidade. dessa forma, sejam bem-vindos os que chegam e retornam, e para os que partiram, só posso desejar os melhores dos meus sentimentos, espero que tudo fique bem na vida de vocês, talvez a gente se reencontre, talvez não, a beleza mesmo está em continuar caminhando. com muito carinho,

Danilo Luna.

*constantes indagações internas | que a resposta se expresse exteriormente o quanto antes.

*estou transbordando com ideias de imagens | urge a aquisição da lente para o corpo da sony. estou perdendo tempo não colocando elas nos olhos do mundo.

*se faz interessante voltar a me organizar para aplicar para residências, editais e afins? criei uma resistência com os modos que se dão as oportunidades no mundinho das artes. mas parece que essa é a única lógica que os seres pensam, na da competição, talvez eu seja o errado mesmo... competir provavelmente é a solução ( eu sei que não é).

*hoje eu desisti de algo que fui paciente por meses. talvez eu estivesse iludido e carente (algo que nunca aconteceu em 30 anos de vida, por isso fiquei apegado ao sentimento, pois sentia e ainda sinto que ali tinha algo genuino e maior, coisa sem explicação... aparentemente eu estava erradissimo rs) eu nunca me enganei tanto assim... mas eu nunca senti algo assim... não pense que tô falando de paixonite e afins, era algo mais profundo que talvez algum dia eu tenha a resposta. comigo agora fica o aprendizado. antes tarde do que nunca.

*se isso que acaba de acontecer for uma resposta, saiba que fiquei mais confuso ( eu gosto mais e mais da vida pois ultimamente ela brinca com minha cara, isso me faz perceber o quão irrelevante são meus problemas).

*(...)lembra que o sono é sagrado | e alimenta de horizontes o tempo acordado | ( sabe muito, né?)

*raspar o cabelo foi um ato simbólico, tolo mas não deixa de ser simbólico, foi um marco... não posso dizer vejo vocês lá na frente, pois poucos conseguirão acompanhar.

*parece limitador pensar assim, mas de fato meio que estava dado que eu deveria lidar com as artes.

*veja meu mapa astral rs

*quando eu morrer me enterre com uma câmera fotográfica. nas sete vidas serei poeta da luz.

*tenho gostado muito dessa câmera que estou usando no quesito da praticidade, minha ideia era essa mesmo, porém, voltarei a me meter em lugares mais perigosos para fotografar, e o uso dessa lente manual não ajudará na busca de passar desapercebido.



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