#044
*in april, I began collecting photographs that I buy at the flea market. it has been a challenge to maintain visual coherence, but I bet that anyone who views the images in this collection and doesn't know me intimately will never suspect that the images are not of my family.
*the collection is still too small to share. I believe the best way to reproduce it would be by scanning. but at the moment, I don't have a scanner. the only way to see it would be by visiting my studio.
*finding these images is like discovering a small treasure. there is a rare and unique beauty that only images captured by someone who isn't concerned with composition, concept, and everything that encompasses a photographer's creative routine can express.
*this freedom, even if sought and desired, will never be attained again by a photographer. it's like glimpsing a foreign land that we will never have access to again.
*in some way, photographers are exiled beings. this is intriguing, as to create images, you need to always be in contact with things or with others.
*photography is an art that always puts you in contact with extremes.
*Alec Soth - somewhere to disapear (2010)
*as vezes eu tenho a sorte de abrir a janela ao mesmo tempo do soprar de uma brisa. esse vento suave me acalma da rotina criativa e por vezes exaustiva do cotidiano. mas hoje ele veio acompanhado de um cheiro doce/ tem um bom tempo que não sentia. sempre fico me perguntando se não é algum tipo de delirio olfativo, a pergunta é justa quando se está localizado no centro de São Paulo.
*esse cheiro me fez lembrar muitas histórias... a todo momento eu dou uma risada com algumas lembranças que se apresentam do nada. as gatas já me olham preocupadas.
*(mudando um pouco de assunto) eu estou com umas imagens na mente que vou tentar resumir aqui:
*existe essa cidade, bem densa e com muitos habitantes, uma metrópole, ela tem tudo que uma cidade pode oferecer, tanto dos aspectos positivos quanto dos negativos. no meio dela existe um parque, por vezes denso, as vezes como campos abertos mas que não são planos, são colinas. os humanos buscam esse espaço para descansar em momentos de pausa do trabalho e etc... eu poderia exemplificar como um lugar coletivo de siesta. ( eu não sei o que isso será, se é que se tornará algo, mas siesta pode ser um possível título) talvez eu possa enfatizar alguns personagens, não sei... mas histórias se cruzam a partir do momento que pegam no sono, essa passagem poderia ser ressaltada quando sentem o cheiro doce que a brisa carrega... é por ai... (o cheiro doce me ocorreu hoje como elemento que conecta esses diferentes estados). seria desafiador isso em uma narrativa fotográfica.